quinta-feira, 10 de março de 2016

Você sabe o que são as Obras da Misericórdia?

As obras de misericórdia, segundo Catecismo de São Pio X

Obra de misericórdia é aquela com que se socorre o nosso próximo nas suas necessidades corporais ou espirituais.
As obras de misericórdia são quatorze: sete corporais e sete espirituais, conforme são corporais ou espirituais as necessidades que se socorrem.

Obras Corporais


1ª Dar de comer a quem tem fome
2ª Dar de beber a quem tem sede
Estas duas complementam-se e referem-se à ajuda que devemos disponibilizar em alimentos e outros bens aos mais necessitados, àqueles que não têm o indispensável para comer em cada dia.
Jesus, segundo o Evangelho de S. Lucas , recomenda: “Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos faça o mesmo” (Lc 3, 11).






3ª Vestir os nus
Esta obra de misericórdia dirige-se a aliviar outra necessidade básica: o vestuário. Muitas vezes é-nos proporcionada com as recolhas de roupa que se fazem nas paróquias e noutros centros. Ao entregar a nossa roupa é bom pensar que podemos dar o que nos sobra ou já não nos serve, mas também podemos dar do que ainda nos é útil.
A carta de S. Tiago propõe-nos sermos generosos: “Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: «Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome», mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará?” (St 2, 15-16).



4ª Dar pousada aos Peregrinos
Em tempos antigos dar pousada aos viajantes era um assunto de vida ou de morte, pelas dificuldades e riscos das caminhadas e viagens. Não é o normal hoje em dia. Mas, mesmo assim, poderia acontecer recebermos alguém em nossa casa, não por pura hospitalidade de amizade ou família, mas por alguma verdadeira necessidade.








5ª Visitar os Infermos
Trata-se de uma verdadeira atenção para com os doentes e idosos, tanto no aspeto físico, como em lhes proporcionar um pouco de companhia.

O melhor exemplo da Sagrada Escritura é o da parábola do Bom Samaritano que curou o ferido e, ao não poder continuar a cuidar dele diretamente, confiou os cuidados que necessitava a outro em troca de pagamento (ver Lc 10, 30-37).







6ª Visitar os Presos
Consiste em visitar os presos e prestar-lhes não só ajuda material, mas também assistência espiritual que lhes sirva para melhorar como pessoas, emendar-se, aprender a desenvolver um trabalho que lhes possa ser útil quando terminarem o tempo que lhes foi imposto pela justiça, etc.

Significa também resgatar os inocentes e sequestrados. Em tempos antigos os cristãos pagavam para libertar escravos ou se trocavam por prisioneiros inocentes.






7ª Enterrar os Mortos
Cristo não tinha lugar onde repousar. Foi um amigo, José de Arimateia, que lhe cedeu o seu túmulo. Mas, não apenas isso, teve a valentia para se apresentar ante Pilatos e pedir-lhe o corpo de Jesus. Nicodemos também participou e ajudou a sepultá-lo. (Jo 19, 38-42)

Enterrar os mortos parece um mandato supérfluo, porque, de facto, todos são enterrados. Mas, por exemplo, em tempo de guerra, pode ser um mandato muito exigente. Por que é importante dar sepultura digna ao corpo humano? Porque o corpo humano foi morada do Espírito Santo. Somos templos do Espírito Santo (1 Cor 6. 19).




Obras Espirituais

1ª Dar bons Conselhos
Um dos dons do Espírito Santo é o dom do conselho. Por isso, quem desejar um bom conselho deve, primeiramente, estar em sintonia com Deus, pois não se trata de dar opiniões pessoais, mas de aconselhar bem a quem necessita de um guia.









2ª Ensinar os Ignorantes
Consiste em ensinar os ignorantes em qualquer matéria: também sobre temas religiosos. Este ensino pode ser levado a cabo através de escritos ou da palavra, por qualquer meio de comunicação ou diretamente.

Como diz o Livro de Daniel, “os que ensinam a justiça ao povo, brilharão como as estrelas pela eternidade sem fim” (Dan 12, 3b).









3ª Corrigir os que Erram
Esta obra de misericórdia refere-se acima de tudo ao pecado. De facto, outra maneira de formular esta obra é: Corrigir o pecador.

A correção fraterna é explicada pelo próprio Jesus no evangelho de S. Mateus: “Se o teu irmão pecar, fala com ele a sós para o corrigir. Se te escutar, ganhaste o teu irmão” (Mt 19, 15-17).








4ª Consolar os Tristes
O consolo para o triste, para aquele que passa por alguma dificuldade é outra obra de misericórdia espiritual.

Muitas vezes, irá a par com dar algum bom conselho que ajude a superar essas situações de dor ou tristeza. Acompanhar os nossos irmãos em todos os momentos, mas principalmente nos mais difíceis, é pôr em prática o comportamento de Jesus que se compadecia com a dor alheia. Um exemplo vem no evangelho de S. Lucas. Trata-se da ressurreição do filho da viúva de Naim: “Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá-la, vinha muita gente da cidade. Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.» Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!». O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe” (Lc 7, 12-16).



5ª Perdoar as Injúrias
No Pai Nosso dizemos: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”, e o mesmo Senhor esclarece: “se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas” (Mt 6, 14-16).

Perdoar as ofensas superar a vingança e o ressentimento. Significa tratar amavelmente a quem nos ofendeu.
O melhor exemplo de perdão no Antigo Testamento é o de José, que perdoou aos irmãos o terem tentado matá-lo e depois vendê-lo. “Não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós próprios, por me terdes vendido para este país; porque foi para podermos conservar a vida que Deus me mandou para aqui à vossa frente” (Gen 45, 5).
E o maior perdão do Novo Testamento é o de Cristo na Cruz, que nos ensina que devemos perdoar tudo e sempre: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34).


6ª Suportar Pacientemente as ofensas do Próximo
A paciência face aos defeitos dos outros é virtude e é uma obra de misericórdia. No entanto, há um conselho muito útil: quando o suportar esses defeitos causa mais dano que bem, com muita caridade e suavidade, deverá fazer-se uma advertência.









7ª Rogar a Deus pelos Vivos e pelos Mortos
S. Paulo recomenda rezar por todos sem distinção, também por governantes e autoridades, pois “Ele quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (ver 1 Tm 2, 2-3).


O Papa Francisco pede a todos os cristãos e às pessoas de boa vontade que rezem especialmente pelos cristãos perseguidos. Podemos examinar-nos como secundamos este desejo do Papa, para que os nossos irmãos na fé sintam o consolo da nossa oração.




"Bem Aventurados os Misericordiosos, porque 

eles alcançarão a Misericórdia".

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